Encontro 6: As tentações no deserto




 Jesus e as tentações
Pe. Eliseu Oliveira

 

Depois do batismo, os evangelhos nos dizem que Jesus foi para o deserto, para ser tentado pelo diabo (Mc 1,12-13; Mt 4,1; Lc 4,1-2). “Como para todos os judeus, o deserto evoca em Jesus o lugar em que nasceu o povo e ao qual voltar em épocas de crise para começar novamente a história rompida pela infidelidade a Deus”[1].  O sentido simbólico das tentações é mostrar a fidelidade de Jesus ao Pai, em relação à desobediência de Adão no paraíso e ao povo que murmurava durante os 40 anos no deserto. “Contrariamente aos que provocam outrora a Deus durante quarenta anos no deserto, Cristo se revela como o Servo de Deus totalmente obediente à vontade divina”[2]. As tentações simbolizam, ainda, “a vitória da Paixão, obediência suprema de seu amor filial ao Pai”[3].

Compadecendo-se da nossa natureza decaída, “Cristo venceu o Tentador por nós: ‘Pois não temos um sumo sacerdote incapaz de compadecer-se de nossas fraquezas, pois Ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado’ (Hb 4,15). A Igreja se une a cada ano, mediante os quarenta dias da Grande Quaresma, ao mistério de Jesus no deserto”[4].



[1] PAGOLA, 2014, p. 87

[2] CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, n. 539

[3] CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, n. 539

[4] CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, n. 540

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